quarta-feira, 25 de abril de 2012

A IMPÁFIA IMPERIALISTA QUE OFENDE A CIVILIDADE CODOENSE

É como se fosse pura brincadeira! Mas, na verdade, a coisa é mais grave do que se possa imaginar sob o ponto de vista da mídia e político. O jogo jogado é capilarizado pela tentativa frustrada de todas as facções políticas dissidentes e, agora, juntas, para denegrir impiedosamente a imagem do atual governo e não medem esforços para atingir os objetivos inescrupulosos. Mas merece maior atenção a facção política dissidente capitaneada pelo Imperador que, num ato de desespero – e ele reconhece em si, essa realidade -, por não conseguir a simpatia popular tenta de todas as formas se aproximar do povão e, para isso, utiliza-se de vários mecanismos não muito recomendáveis. Ao fazer referencia a esses mecanismos, cito apenas o explicito processo de cooptação de várias lideranças que compunham o atual governo e, de repente, como num misterioso e mágico toque da varinha de condão, alguns são convencidos a deixarem o governo e passam a compor sua base política e, inclusive, são submetidos a um processo de sabatina pública visando destruir a imagem incólume do gestor atual. Isso demonstra claramente, a capacidade mobilizadora de construir num curto espaço de tempo uma gama de simpatizantes (mas, tal formação não constitui uma base sólida permanente, apenas circunstancial e imprevisível). Mas, na verdade, essa tática já conhecida e, também, já desgastada, não importará em mudança cultural e política, pois, o reflexo dessa cultura é o inverso, isso é fato real! Quem terá prejuízo nessa articulação política é o elemento que se submeteu ao processo de cooptação, pois, a sociedade o julgará como um oportunista e aproveitador, então, perderá o mais precioso valor inerente em si: sua ética.
Mas, vamos ao fato que nos interessa e que é o objeto de minha reflexão: a tentativa do Imperador em disseminar uma imagem positiva através de um processo midiático e, para isso, utiliza-se de todos os recursos possíveis.           
De repente, a nossa cidade é tomada por uma poluição visual nunca vista antes em toda sua história. E o mais engraçado é que a parte que polui nossa cidade também nunca durante toda sua história havia tido uma preocupação velada com sua própria desenvoltura econômica e, ao mesmo tempo, apresentar uma prestação de contas de um mundo privado, tornando-a pública, na vã tentativa de proclamar para si, o espírito da transparência e da decência, como se estivesse dizendo ao povo: no setor público seremos muito mais transparentes, dei-nos uma chance para provarmos isso! Nunca vi tal coisa em nenhum lugar do Brasil, e talvez no mundo! Simplesmente isso é uma ação estapafúrdia!
Diante disso, cabe-nos remeter a seguinte interrogação: qual o interesse do Imperador em expor sua condição econômica, como se tal fato fosse, de fato, um verdadeiro ‘presente’ aos que prestam serviços e a quem recebe os devidos impostos de qualquer empresa legalizada? O que há por trás desse singelo ato e o que representa essa atitude tão generosa e aberta? Cuidado, há um adágio popular que diz: “quando a esmola é grande o cego desconfia”. Mas, no caso em tela, não se trata especificamente de esmola, mas, sim, de uma relação trabalhista. E, tal relação implica, necessariamente, num contrato e/ou acordo entre as parte envolvidas. De um lado, o trabalhador e, de outro, o capitalista. O trabalhador, por seu turno, vende sua única fonte de sobrevivência: a força de trabalho. O capitalista ou proprietário da empresa compra a força de trabalho e é obrigado a pagar o quantum de horas trabalhadas que correspondem ao valor da massa salarial mensal dos trabalhadores. Por exemplo, o atual salarial hoje é de R$ 622,00 (ou seja, 622,00 divididos por 30 dias trabalhados, a média/dia será de R$ 20,73 e, hora de R$ 2,82), porém, o elemento crucial dessa análise baseia-se exatamente na relação produtiva. O benévolo Imperador tenta ao explorar a mídia, mostrando a vultosa cifra de R$ 40.000.000,00/ano de salários aos trabalhadores de sua empresa, ser um ótimo patrão; ora, se pegarmos essa vultosa massa salarial e dividirmos por 12, teremos uma cifra de R$ 3.333.333,33/mês. Vê-se aí, o quanto é ridícula tal exposição pública. Ora, se o distinto capitalista entende isso como um ‘presente’ aí, a coisa muda de figura, pois, a legislação é muito clara a respeito daquele que pretende estabelecer um negocio: tem de cumprir um rito legal e adequar-se ao arcabouço jurídico-legal fazendário. Caso contrário, será autuado e processado. Mas, o que quero mesmo é fazer uma análise mais detalhada sobre a divulgação espetacular do valor do imposto que a empresa destina ao governo federal, estadual na ordem de R$ 42.000.000,00/ano. Se a empresa tem uma parte obrigatória para com o fisco é por conta da arrecadação de venda dos seus respectivos produtos. Note bem que – imaginemos a seguinte hipótese econômica -, se uma determinada empresa pretende colocar no mercado um determinado produto ou vários, obviamente, o capitalista (no caso, o Imperador) já deve ter em mãos o planejamento completo de seu investimento, especialmente, a sua produção. Ele precisa saber como calcular o preço de seu produto a partir da matéria-prima, e aí, ele incluirá o salário, os impostos e outros elementos fixos que deverão já estar embutidos na sua composição final. Tendo essa compreensão ele definirá o preço de sua mercadoria para não perder o poder de concorrência no mercado, note que, podem existir outras empresas que oferecem ao consumidor o mesmo produto e aí, ele terá que superar seus concorrentes oferecendo o produto não apenas com uma qualidade melhor, mas, sobretudo, mais barato.  Então, o que nós vemos aqui não é algo extraordinário e nem espetacular e, sim, a devolução para o governo federal e estadual daquilo que já foi cobrado do consumidor final (portanto, quem, no final das contas paga o imposto é o consumidor e não o empresário!).  
Agora, tentar inculcar na opinião pública que o imposto pago pela empresa é uma espécie de ‘presente’ isto, não é digno de estratégia política para ninguém, mesmo o mais incauto cidadão perceberá que se trata de uma jogada de marketing tão somente. Aconselho a mudar de tática e estratégia para conseguir através de uma proposta política moderada e real para ampliar o desenvolvimento de nosso município. Existe uma concepção equivocada sobre o conceito de lucro em nosso país. O empresário precisa entender que o seu lucro deve girar em torno de centavos e não de uma unidade. Portanto, o empresário robusto e dialético não quebrará essa regra econômica e, se, houver uma quebra, ele certamente, estará fadado ao fracasso, fechando sua empresa. Vejam p. e., a crise de 2008 gerada nos EUA, a partir da bolha imobiliária que até hoje se reflete negativamente em toda a Europa!
Quanta besteira é essa do Imperador em expor as cifras retumbantes tanto da massa salarial quanto do valor dos impostos devidos! Todo e qualquer empresário executa uma folha de pagamento ao seu pessoal e, paralelamente, a ela, o seu imposto devido. Qual é o interesse? E qual é a importância para o cidadão saber quanto a empresa destina de salários aos trabalhadores? O que importa para o operário é o recebimento de seu salário no final do mês pelo trabalho realizado. E que seus direitos sejam respeitados, como horas-extras e etc.
Volto a repetir: trata-se, na verdade, de uma relação trabalhista, onde o trabalhador executa sua função na empresa e terá como recompensa o seu salário devido. Nada é de graça no mundo privado, ao contrário, tudo é pago! Portanto, o discurso disseminado pelo Imperador de que o patrimônio adquirido pertence a todos é pura lorota. E que tal se o Imperador iniciasse uma discussão com todos os operários a respeito da divisão do lucro obtido no final do ano com todos os seus operários? Essa discussão é de caráter constitucional! Lanço o desafio: qual operário já recebeu alguma parcela desse lucro durante todo o período em que trabalhou nessa empresa? Ora, ora, deixemos de demagogismo e de cinismo. 
Essa estratégia de marketing de querer associar a imagem de uma empresa privada bem sucedida ao povo tentando angariar simpatia e demonstrar alto nível de organização e excelência cai no ridículo, pois, o mundo empresarial é uma cultura completamente distinta da administração pública. Jamais um conceito privado de gerenciamento pode interpor-se numa gestão pública. A priori, o caráter público descarta a missiva privada: o lucro. Essa nota não possui validade no setor público. Já existe toda uma legislação especifica e doutrinária para tornar o serviço público de qualidade sem a visão mercenária do lucro e exploração do homem pelo homem.
Ao reportar-me a essas duas variantes econômicas o fiz com o fino propósito de desmistificar o discurso propalado pelo zeloso marqueteiro de que, a partir de uma visão privada é possível aplicá-la no setor público com êxito. Ledo engano, ‘discurso para boi dormir’, não é possível realizar tal empreitada, pois, o elemento essencial no setor público é a pessoa e não o exacerbado lucro. Posso citar dois exemplos de empresários que já tiveram à frente da prefeitura e nada de extraordinário ocorreu, ao contrário, estabeleceu-se o caos administrativo.
Relembro o ponto central dessa estratégia: a ideia trabalhada pelo marqueteiro “sui generis¹” de construir uma identidade positiva do grupo capitaneado pelo lmperador lançando mão desse expediente é, no mínimo, inusitado e vexatório, que não surtirá efeito nenhum a nível político, portanto, é melhor mudar de tática para atingir os propósitos imediatistas imaginados pelo tour empresarial.
Codó quer sim, que o Imperador continue a promover o crescimento econômico de nossa cidade em seu próprio empreendimento empresarial. No ano passado houve uma divulgação através da mídia que o conglomerado oferece em torno de 1.800 empregos diretos e mais de 11.000 indiretos (ou seja, em torno de 6,12 pessoas por cada operário) que maravilha! Quanta contribuição social! É exatamente por isso que a comunidade codoense deseja copiosamente que você, Imperador, permaneça administrando seu complexo industrial; realizando ações com sua instituição social aos necessitados; não misture as coisas, seja ousado com seus negócios somente e não avance o sinal! A comunidade codoense conhece sua competência enquanto empreendedor, contudo, essa mesma comunidade não deseja compartilhar politicamente de suas ideias conservadoras e claramente neoliberais; a tua cultura empresarial não serve para o setor público.
Codó crescerá sim, sem a necessária intervenção empresarial no setor público, pois, os dirigentes políticos sabem gerenciar com muita habilidade as políticas públicas estratégicas visando o desenvolvimento da cidade.
A história não será omissa em relação a você Imperador, tenho certeza disso, no entanto, politicamente, é outra historia sua participação nesse processo. Creio, resolutamente, que a história será complacente convosco e não negará seu mérito empresarial, mas político jamais!
Chega de balela! Chega de invencionice! Basta! Codó quer crescer e, certamente, crescerá sem a medida mercenária do lucro e do individualismo, da contradição, da mentira e do ódio. O povo fará seu próprio juízo. Ele terá o poder de fazer aquilo que achar conveniente para si, e, não será submetido a um processo de opressão para opinar a favor de quem não deseja. O povo tem o poder, o povo pode fazer prevalecer sua soberania e sua individualidade. Não faremos nenhuma atitude que contrarie sua vontade política, pois, acreditamos que atos repressivos não contribuem para a liberdade de expressão e pensamento e nem engendra as condições efetivas para o desenvolvimento social, cultural, econômico e ético. Ao povo todo poder! Ao povo toda cidadania! Ao povo toda liberdade!  
Codó vive outro clima: o clima da democracia e da tolerância, do respeito e da serenidade, da liberdade e da paz! Não podemos suspeitar sequer um milímetro dessa nova realidade, ela é visível e palpável. Não será com a ‘crítica das armas’ que construiremos uma cidade mais justa e humana, e, sim, com as ‘armas da crítica’, seremos suficientemente capazes de superar todos os obstáculos e proclamarmos o desenvolvimento como única opção para instaurarmos um processo cuja finalidade seja uma cidade verdadeiramente prospera e feliz. É essa a nossa grande tarefa! E, certamente, será!
E, finalmente, desejo esclarecer o objetivo político traçado pelo Imperador visando desestabilizar a atual gestão utilizando-se de seus meios de comunicação achando que isso é suficiente para desacreditar a fabulosa articulação desenvolvida pelo governo atraindo cada vez mais a comunidade como aliada na luta pelo conseqüente desenvolvimento amplo de nossa cidade. A articulação estabelecida pelo Imperador na tentativa explicita de querer apropriar-se do poder político local e realizar uma gigantesca administração privatista não condiz com seu discurso enquanto administrador, pois, são várias situações que colocam em xeque esse mesmo discurso reorientado para a gestão pública. Então tenho plena convicção de que a comunidade codoense saberá avaliar essa estratégia e não a considerará como uma alternativa substancial para a redenção completa de nosso município sob a perspectiva imaginada pelo Imperador.  
Recrudesce o sentimento popular de rejeição ao todo-poderoso Imperador. Esse principio popular não deixará de ecoar pela plenitude do tempo, como um aviso de incêndio. E, por isso mesmo, o povo não aceita a imposição, o embuste, a manipulação, a mentira, a raiva, a inveja e o ódio como sintomas inevitáveis de um novo tempo a ser inaugurado pelo Imperador e sua plêiade minoritária à frente de uma gestão pública. Codó não anseia por esse tempo intempestivo e opressivo, deseja e quer na verdade, a paz, associada à liberdade e respeito ao direito e dignidade humana. A empáfia imperialista que ofende os codoenses não pode ser confundida como uma alma libertadora e redentora de nossa municipalidade. Cuidado codoenses!           
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1.      Ao designar essa terminologia em relação ao marqueteiro contratado pela empresa para criar situações inusitadas e inolvidáveis, com o propósito de sensibilizar a comunidade codoense em relação à imagem negativa do Imperador que, a priori, é inteiramente rechaçada por essa mesma comunidade, o fiz para criticar esse comportamento ‘anormal’ dentro de uma conjectura expressamente real e imutável. Nada mudará a concepção popular sobre a imagem negativa do Imperador, a população sabe de sua conduta tendenciosa à arbitrariedade e centralidade – pouco importa o grau de seu dinamismo empresarial -, isto, portanto, não é um atributo político consoante com os mecanismos sociais existentes na atualidade. Por isso mesmo, é que o marqueteiro deseja apenas ilustrar um engodo para ludibriar a comunidade codoense na tentativa de conduzir o Imperador ao poder político local usando, para isso, terceiros. A propaganda é, de fato, um instrumento de extrema importância para se alcançar um determinado objetivo, porém, no caso em questão – a do Imperador -, ela não será capaz de irromper com a cultura sólida no imaginário popular codoense no que tange à imagem negativa do Imperador. A sua luta em querer apropriar-se do poder político local custará um preço altíssimo por tal sonho. Portanto, senhor marqueteiro, pode queimar todos os seus neurônios na peleja de convencer a comunidade codoense em mudar de opinião sobre a imagem negativa do Imperador e, isso, levará, certamente, um bom tempo e tempo é o que não dispõe o Imperador para tornar-se numa persona grata ante a comunidade codoense por intermédio do processo midiático.