segunda-feira, 29 de julho de 2013

CRISE E MUDANÇA: HÁ UMA LUZ NO FINAL DO TÚNEL?

CRISE E MUDANÇA: HÁ UMA LUZ NO FINAL DO TÚNEL? 

    Recentemente, ocorrera uma profusa efervescência social em nosso país com uma conotação apartidária e, aparentemente, forjada na sublevação dos oprimidos e excluídos, dos descontentes e dos desencantados pelo atual modelo político e social gerenciado pela presidente Dilma Rousseff. Porém, faço uma ressalva: apesar de concordar com a liberdade de opinião e de pensamento, de manifestação; discordo apenas do modo como alguns participantes agiram desfigurando o sentido das reivindicações; destruindo o patrimônio.
Interessante se faz olhar o outro lado da conjuntura e avaliar com coerência os efeitos dessa ‘magnífica’ mobilização social: o primeiro ponto é a presença da mídia conservadora – aliás, muito visível - ditando e/ou direcionando a pauta da mobilização; segundo, o método empregado pelos participantes – excluindo outros segmentos. Ora, convenhamos, se o caráter da mobilização é de romper com velhas práticas e condenar o modus operandis de outros setores sociais que, historicamente promoveram verdadeiro campo de batalha à vida do povo brasileiro - e, no entanto -, a mídia conservadora não se mobilizou com tamanha ênfase e de forma tão agressiva como agora; portanto, a mobilização deixa de ser democrática a partir do instante em que impede a participação de quaisquer outros segmentos sociais no processo de manifestação, sejam eles, oriundos de cores partidárias ou não, o pano de fundo é um só: a contestação sobre um determinado objeto.
O Brasil, de fato, possui uma dívida histórica com o seu povo: as reformas. Não é de agora que esta temática palpita no seio popular. O reajuste de R$ 0,20, foi a gota para implodir o país sob a presença de centenas de milhares de pessoas em todo o seu território gerando tudo aquilo que testemunhamos. O Brasil enquanto governo respondeu com tranqüilidade e respeito às reivindicações e, neste espectro, a presidente Dilma Rousseff, atendendo os anseios vindos da população, imediatamente apresenta uma proposta condizente com o desejo popular. Introduz a discussão dos grandes tabus engavetados como a reforma política, a reforma fiscal, o financiamento público de campanhas e etc. Dilma, por sua vez, demonstra uma profunda afinidade com os anseios populares e com o futuro do país. Logicamente que, o Congresso - essa eminência parda -, não aceitou a proposta e imediatamente procurou uma tangencia para obstruir essa proposição assentada na vontade popular: o plebiscito. Qual a ilegalidade e ilegitimidade evocar um instrumento constitucional para resolver, em definitivo, o câncer que corrói e destrói a democracia brasileira? Não há, efetivamente, ilegalidade o plebiscito popular para deliberar uma questão central como as reformas. A grande questão é que a cultura política brasileira está subordinada à ideologia das classes dominantes e não aceitam e não permitem a intervenção direta dos seus representados na discussão de temas relevantes. Os representados só servem, a priori, para processar o seu voto indicando-os para ser seus representantes e pronto, a democracia está sendo realizada e exercida pela população. Esse conceito de democracia é muito restrito e medíocre, precisa ser dilatado e, acima de tudo, modificado.
O povo não está insatisfeito com o governo Dilma e, sim, com a classe política conservadora que se mantêm encastelada no Congresso Nacional, um exemplo disso, o atual presidente da Câmara dos Deputados é um dos políticos campeão de mandatos. É um carreirista! Então, é aí que reside a insatisfação popular. Ora é necessário que tenhamos bom senso no momento de nossa escolha política. A sociedade não pode se queixar de seu ato praticado. Enfim, a presidente Dilma Rousseff, colocou a proposta para o povo decidir, porém, o Congresso Nacional não quer isso. Eles querem manter a atual estrutura política e o jogo de interesse por que 95% dos congressistas estão de rabo preso com alguma empreiteira ou conglomerado econômico, além dos fazendeiros e banqueiros que tem seus deputados para defenderam seus interesses no que tange ao agro-negócio, como por exemplo, o deputado federal Ronaldo Caiado, de Goiânia.
A luta da mídia conservadora e da classe política da extrema direita destila insistentemente um profundo ódio ao governo popular de Dilma Rousseff. Tentam por todos os meios desqualificar esse governo. Usa momentos evasivos para gerar um clima de insatisfação ao governo federal, exemplo disso, o famoso e perigoso tomate! Quem não se lembra? Veja quanto custa hoje o preço dele! Tentam, seguidamente, criar um clima de terrorismo e de instabilidade da macroeconomia. Definitivamente, o Brasil possui uma reserva cambial espetacular, (em torno de R$ 375 bi) capaz de superar os cataclismas inflacionários oriundos da Europa e do Norte. É certo que houve uma queda no crescimento industrial, contudo, isso não ocorre somente no Sul, mas, também, na Ásia (veja a China, seu PIB e sua indústria tiveram uma retração).
Acredito copiosamente que o governo de Dilma Rousseff vai superar as crises interna e externa com muita habilidade e estará pronta para enfrentar todos os segmentos radicais direitistas e extremistas como o PSDB, PSB, PPS e CIA. O povo sabe que este governo é um governo legítimo e trabalha para os ‘debaixo’. Os vampiros eternos – inclui-se ai, a parcela da elite dominante paulista, sob o comando do PSDB -, sonham retornar ao poder para promover o festival da privataria como ocorrera com o mandato do vovô FHC, sim, aquele que recentemente fora eleito para a Academia Brasileira de Letras – ABL, negando tudo que escrevera! É o nosso Brasil, lamentavelmente!
O Brasil caminha para o progresso, para o desenvolvimento e para sua independência econômica com o pré-sal.
Apesar de todos os eventos ocorridos, apesar de todas as tentativas maliciosas e cretinas de desacreditar o Brasil enquanto nação poderosa; o nosso governo  será capaz de sair vencedor desse triste episódio custeado pela direita e, quiçá, com ajuda externa! Nações estrangeiras estão de olho em nosso pré-sal, governo da envergadura do de Dilma Rousseff precisa ser conservado para proteger os interesses da nação e do povo brasileiro.
    Pensando nisso, vou propor alguns pontos para reflexão e que sirvam de referencia nos próximos pleitos eleitorais ao povo quando forem depositar o seu voto na urna, escolhendo o seu futuro representante.
Quais são, pois, os critérios balizadores de uma escolha menos equivocada e mais próxima daquilo que imaginamos como ideal para nos representar? Não sou o mais perfeito teórico para fornecer uma orientação, contudo, assim mesmo, me proponho a tal e espero contribuir positivamente nesse sentido.
Critérios a serem observados pelos eleitores que desejam eleger homens para participar da vida pública nas três esferas da federação:
ü  Ser honesto,
ü  Ser Ético,
ü  Ter uma história de luta e um legado de coerência,
ü  Ser comprometido com um programa de governo popular e democrático;
ü  Defender com intransigência os direitos humanos, coletivos e sociais;
ü  Defender homens públicos de vida ilibada e honrados;
ü  Enfrentar os políticos corruptos, sem ter medo e nem se subordinar aos interesses dos grupos hegemônicos e do poder econômico.
O eleitor que observar esses critérios incorrerá menos em equívocos e, certamente, não se arrependerá de ter votado num candidato com essas características e não pelo fato de ser amigo ou, então, por que ele lhe deu alguma espécie de contribuição financeira no dia da eleição. Quando você notar as intenções de políticos peçonhentos, fuja deles!
A realidade social brasileira é caracterizada hoje por uma política de distribuição de renda e eliminação das desigualdades sociais gritantes que persistiram até o inicio do século 21 em sua primeira década, agora, têm-se uma nova realidade assentada na justiça e equilíbrio social.
O PT é governo. O PT é povo! O povo sabe disso. Por isso, apesar das crises, o governo será capaz de enfrentá-las e, apontará uma saída mostrando uma luz no fim do túnel! Viva o povo brasileiro, já dizia o nosso ícone da sociologia tupiniquim, Darcy Ribeiro.    

A DESPEITO DA ALFABETIZAÇÃOEM CODÓ: UMA NOTA INTRODUTÓRIA

A DESPEITO DA ALFABETIZAÇÃO EM CODÓ: UMA NOTA INTRODUTÓRIA
A educação tem sido ao longo da nossa história objeto de crítica e discussão entre governo, sociedade civil, organizações sociais de diversos matizes, inclusive, sindicais, na perspectiva de construir um projeto educacional profundamente transformador e democrático para o país. Tal crítica e discussão, contudo, permanece na esteira da superficialidade; quando muito, na obscura lógica teórica e nada mais.
O governo federal, por sua vez, estimula e incentiva sua equipe a elaborar programas alternativos com a finalidade de promover a redução considerável dos perversos e históricos indicadores educacionais que transitam a nossa nação; ao mesmo tempo, propõe alianças e estabelece regime de colaboração entre os entes federados no afã de eliminar tais indicadores vergonhosos. Nesse processo, o principio da autonomia é preservado e, por conseguinte, o ente local tem total e plena liberdade para executar as políticas públicas educacionais elencadas pelo governo federal. Portanto, a relação trina – Município, Estado e União -, podem e devem caminhar juntas visando consolidar o ethos do desenvolvimento local, regional e nacional da educação. O passo indispensável a ser dado, deve apontar para a transparência, pois, o que é público tem de se tornar visível para o povo. Em um Estado laico e democrático essa concepção e essa cultura precisa se transformar em rotina, em algo corriqueiro.
Pensar uma reestruturação educacional em nível local, a gestão precisa coletar dados e, em seguida, tabulá-los, na esperança de que, com todas as informações diagnosticadas no campo educacional, seja possível a inserção de uma nova prática pedagógica, uma nova cultura e de um novo modo de fazer educação em sala de aula.
Após uma ínfima incursão na relação dos três poderes constituídos e suas respectivas atribuições passo, agora, ao pano de fundo daquilo proposto: a alfabetização como problematização no nosso município.
A priori, não pretendo instituir uma guerra ao governo local e, nem tampouco, gerar conflito com a SEMED. Ao contrário, desejo contribuir para o avanço da melhoria e qualidade social de nossa educação. E, pensando nessa possibilidade apresento o seguinte texto.
PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
Ao elaborar este texto, o fiz após ler um livreto escrito pela Profª. Drª. Esther Pillar Grossi, contendo 23 páginas e o Título è: “nenhum a menos alfabetização 100% GEEMPA.
O livreto cor de laranja traz em sua abertura uma Carta endereçada à 13ª reunião do GT das capitais e grandes cidades. Nela, a autora enaltece o trabalho de alguns ícones na questão da aprendizagem cognitiva tais como Jean Piaget, L. S. Vygotsky, Henri Wallon, Emília Ferreiro, Paulo Freire, Sara Pain e Gérard Vergnaud. Nele a autora enfatiza com muita firmeza que é possível sim, alfabetizar o sujeito com seis anos de idade. Demonstra cientificamente o caminho árduo na expectativa de alinhar elementos associados à psicogênese construindo pontes para alicerçar o processo alfabetizador denominado pós-construtivismo, desenvolvido e aplicado com um período surpreendente de alfabetização: de três a cinco meses.  Semelhantemente, conheço somente o Método Paulo Freire que, radicalmente alfabetiza o sujeito em 45 dias. 
Adentrar ao mundo da alfabetização como é esboçado pela Profª. Drª Esther Pillar Grossi nos alivia profundamente e nos enleva, pois, sua argumentação é fruto de um longo processo de pesquisa e reflexão dialética. A autora desmistifica por seu turno, os instrumentos negadores da alfabetização das crianças de baixa renda, aponta os entraves e recoloca na ordem do dia, o ponto fundamental da cultura pós-construtivista: alinhar o conceito de práxis pedagógica conforme o nível de aprendizagem de cada criança, respeitando sua capacidade intelectual de absorção dos recursos e métodos apresentados (não de forma tradicional e mecanicista).
O livreto apresenta um método de ensino inovador e altamente revolucionário. Cabe aqui, distinguir um duplo sentido da prática do método pós-construtivismo: 1. Tal método não exige a reprodução do modelo tradicional de alfabetizar; 2. Ele se renova e apresenta novas formas e estruturas na relação ensino e aprendizagem. Portanto, toda sua tecnologia empregada tem como foco principal a apropriação do saber pelo aluno.
Um ponto interessante descrito pela Profª. Drª. Esther Pillar Grossi é o seguinte: “Este programa tem por objetivo ensinar a ler e escrever a alunos que não o fizeram na idade certa”. A própria nomenclatura designa e configura o papel a ser desempenhado pelo MEC/GEEMPA: recuperar e/ou resgatar o aluno/a que se encontra defasado/a em relação ano-idade e, ao mesmo tempo, revigorar a autoestima destes/as que se encontram completamente estilhaçada. Mediante essa assertiva a preocupação se volta para o aspecto da valorização do aluno/a e, ainda mais, a sua reintegração social podemos assim dizer.
Ao introduzir o elemento distorção ano-idade, nota-se claramente a evidencia de que se deseja uma nova cara para a educação popular. Visto que, a relação social existente e que vigora em nossa sociedade sobre as condições materiais e concretas das crianças que são atendidas pelo poder público e aquelas que são atendidas pelo sistema privado são completamente distintas; porém, não condiciona o caráter pedagógico ser melhor por parte do setor privado por este fator; contudo, penso que, a responsabilidade de fato, é o educador se comprometer com a metodologia, a estratégia e, paralelamente, envolver o aluno de classe popular na mesma perspectiva que é envolvido o aluno da escola privada. E deste modo será possível a inversão da política educacional do setor público em parceria com o MEC/GEEMPA.
No livreto, a Profª. Drª. Esther Pillar Grossi descreve um fato bastante intrigante. Ela mostra uma experiência de uma criança de dois anos e meio que domina a leitura (município de Camaquâ). Ela relata o método utilizado pela mãe da criança: somente leitura em voz alta para o seu filho. Depois escreveu algumas palavras em cartões e ela percebeu que seu filho era capaz de lê-las. Um detalhe: a criança sabe apenas lê, não sabe escrever e nem identificar as cores por que segundo o construtivista norte-americano Jerome Brunner a criança não fora plenamente ‘provocada’. Literalmente, o sentido aplicado aqui é incentivo e estímulo.
  O livreto é enxuto e sintético, e de um alargamento teórico bastante denso.
A METODOLOGIA DO PÓS-CONSTRUTIVISMO É REAL E POSSÍVEL DE SER IMPLEMENTADA: A EXPERIÊNCIA DE CODÓ.
A cidade de Codó foi contemplada com a Assessoria do Geempa além, é claro, de outros municípios maranhenses.
É impossível falar de alfabetização se não mencionarmos o instituto Geempa como instrumento colaborador na luta pela redução do analfabetismo em Codó. E, diga-se de passagem, deu uma valiosa contribuição para a qualidade social da educação, inclusive, dotando o corpo profissional de tecnologia para enfrentar o processo de alfabetização dos aprendentes de forma inovadora e conseqüente no sistema regular se assim o quiser.
A articulação realizada pelo Geempa na perspectiva de promover um período totalmente inovador se deu ainda, no ano de 2010. A primeira Assessoria ocorreu na Capital, a SEMED enviou um grupo expressivo de professores para a formação. A cidade de Codó recebeu duas Assessorias do Geempa. Para nós, foi um grande privilégio.
A recente experiência realizada por este instituto trouxe uma nova concepção pedagógica - e, sem paralelo -, que desembocou numa proporção ascendente no quesito alfabetização. Na verdade, tornou-se uma extensão do sistema.
O nosso município não pode recusar a continuidade da parceria com o Geempa torna-se um ato impensado. Melhor, tipifica o grau de retrocesso, conservadorismo e a completa despreocupação com o processo educacional e seus respectivos indicadores negativos. É extremamente importante que o município continue com a parceria, pois, só tem a ganhar. Não existe argumento que possa contrapor-se ao processo empregado pelo instituo e, particularmente, quando analisamos com a devida atenção os resultados propostos, constata-se a produtividade e os respectivos objetivos alcançados; associados aí, dois elementos essenciais: a autoestima dos aprendentes e a melhoria do ensino. Se partirmos do pressuposto de que as turmas de 2012 obtiveram 90% de alcance das metas estabelecidas, fica evidenciada a potencialidade do método e sua tecnologia empregada com grande aproveitamento.
O principal instrumento aplicado pelo método pós-construtivista é notável, a saber: a) procura identificar o nível de conhecimento que se encontra o educando, e, então, proceder-se-á uma articulação na perspectiva de colocá-lo num patamar evolutivo de apropriação como é o caso das aulas entrevistas Ps1, Ps2, Silábico, Alfabético e Alfabetizado; b) e, afirmar que ‘todos podem aprender’ igual e subjetivamente.
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
Existe diferença entre uma e outra característica no processo alfabetizante e do letramento? As evidencias são claras e objetivas: o ato de o educando apropriar-se tão-somente das letras e de formar palavras não caracteriza um individuo alfabetizado e leitor. Apenas mecanicamente ele consegue soletrar as silabas ou palavras num determinado texto e contexto. O que de fato vai conotar é a sua capacidade laborativa e interpretativa. Ou dito de outro modo: o educando ao apropriar-se do ato de ler ele será suficientemente capaz de inferir uma compreensão dialética de sua leitura e de sua composição textual; aí, sim, ele estará apto a ser, de um lado, um sujeito capaz de expressar seus pensamentos com propriedade e densidade, pois, ele consegue estabelecer distinções entre o pensar e o criar e, de outro, é capaz de sincronizar a decodificação, isto é, ele é forçado a caminhar literalmente no interior do significado de cada palavra elaborada e compreendida. No processo de alfabetização e letramento é impossível o educando não apreender o mecanismo fundamental da leitura dinâmica e dialética. Não há espaço para a leitura mecânica que reproduz a falsa impressão de que o alfabetizando e o não letrado seja apenas atores capazes de balbuciarem as letras e silabas; pelo contrário, o letrado dialético é aquele que se compreende no processo e age como sujeito independente aflorando toda sua profundidade intelectual desenvolvida e revirada.
Portanto, há uma clara intenção da Profª Dra. Esther Pillar Grossi em reafirmar sua tese central evocada no livreto: é possível sim, alfabetizar os educandos a partir dos seis anos de idade.