sábado, 27 de agosto de 2011

A PROEMINÊNCIA E A EMINÊNCIA PARDA


INTRODUÇÃO

Este pequeno esboço contém uma avaliação de natureza crítica e, tal crítica, está pautada na lucidez e à luz do discurso proferido pela sua eminência parda¹, o ex-prefeito Biné Figueiredo. Tal discurso, ora aveludado – quando fazia menção direta aos concidadãos, numa clara tentativa de imprimir uma imagem de homem cuidadoso, bondoso e caridoso para o município -, ora cheio de veneno – quando fazia referencia ao atual governo, usando chavões tipo: incompetente, despreparado, descomprometido com o povo e para com o município, igualmente, visando desqualificar a imagem de tal governo. Contudo, é necessário primeiro saber apreciar o conteúdo do discurso e a sua finalidade – é como se estivesse tomando um vinho suave e envelhecido, sentindo prazerosamente, cada golada -; segundo, pontuar cada sensação da degustação de tal vinho ao ser tomado.
A nossa crítica, portanto, é marcada pela sintonia frenética e, ao mesmo tempo, harmoniosamente, diante da fala embriagada do ex-prefeito Biné Figueiredo.
A entrevista basicamente nos forneceu alguns elementos essenciais para que fosse possível a elaboração deste esboço, a saber: 1. Sobre a educação; 2. Saúde e; 3. Infraestrutura.  Esse tripé é indispensável para proporcionar o desenvolvimento social de uma determinada localidade. E é a partir desses instrumentais que estabelecerei um comparativo entre a realidade e a ficção propalada pela eminência parda. 
Com esse esboço penso contribuir para a sociedade civil avaliar com frieza e sem paixão a notação da verdade e da responsabilidade.
1.    Sobre a questão educacional...
É lamentável e, ainda mais, é terrível e profundamente vergonhoso que o apresentador tenha a infelicidade de expor as imagens da Escola da localidade São José de Pinho. É preciso refrescar a memória de sua ilustre eminência parda de que aquela escola passara quatro anos de seu mandato e não sofreu nenhuma alteração (reforma/construção) pelo menos na atual gestão tal escola foi reformada. Além disso, é preciso novamente refrescar a memória de sua ilustre eminência parda de que a famigerada Escola Bar (que, também, passara todo o seu mandato sem nunca ter sido reformada) tão bem criticada por mais de seis meses em vossa Televisão, hoje, é outra escola, outra realidade! Tenho plena convicção de que vós estais perdido com relação à realidade local. É necessário ainda, ilustrar o verdadeiro sentido expresso por vós quando fala de educação... é tremendamente impressionante, visto que passaste quatro anos e não deste conta de construir uma escola e, sabe qual foi?... a Escola Presidente Lula, foi o governo Zito Rolim que a terminou      ainda no primeiro ano de sua gestão! E, ainda mais: a escola que fora construída em vosso governo eminência parda foi aquela que está localizada no bairro Nova Jerusalém, por mérito e competência não sua, mas pelo governo Jacksom Lago! De fato, vós eminência parda não tendes moral para criticar e aferir ou imputar de forma pejorativa o nível de comprometimento e/ou competência administrativa do atual gestor no que tange ao setor educacional. É relevante que façamos o seguinte apontamento para que vós entendais e compreendais o sentido vertiginoso do empenho em querer promover o desenvolvimento social, econômico e cultural do município, passemos então, a enumerar o que já foi feito nesses dois anos e oito meses de gestão somente no setor da educação:
a)    A construção de uma Escola de nível Médio, com uma quadra poliesportiva coberta em parceira com o Governo do Estado, em Cajazeiras;
b)    Construção de uma escola no KM 12 (inaugurada);
c)    Construção de uma Escola na localidade Axixá a ser inaugurada em setembro;
d)    Construção de uma Escola na localidade do Amorim (inaugurada);
e)    Construção de uma Unidade Escolar na localidade da Lagoa da Cit (inaugurada);
f)       Construção de uma Escola na localidade do Canoeiro (uma observação, vossa eminência parda recusou-se a fazer a escola mesmo sob forte pressão da comunidade);
g)    Reforma e ampliação da Escola Valentim Sousa na Localidade Barracão com duas salas de aula e Laboratório de Informatica;
h)    Reforma e ampliação da Escola João Paulo II, na localidade Canto do Coxo;
i)        Reforma e ampliação da Escola Santo Antonio na localidade Pau Cheiroso;
j)        Reforma da escola da localidade do Rumo;
Todas essas e outras, somente na zona rural, e, passo enumerar, agora, algumas ações na zona urbana como:
a)    A construção de duas escolas no Residencial Zito Rolim, uma de Educação Infantil e outra de Ensino Fundamental, além de uma quadra de esportes;
b)    A construção de uma Escola de Educação Infantil na Vila Camilo II (em fase de construção);
c)    Reforma e ampliação da Escola Santa Filomena, após 40 anos de existência!  
d)    A implantação do Plano de Carreiras, Cargos e Salários;
e)    A implementação da Lei do Piso;
f)       Realização do Concurso Público;
g)    Realização de eleições para gestores de Escolas;
h)    A realização da Conferencia Municipal de Educação;
i)        A realização da Conferencia do Conselho Municipal de Educação;
j)        Convênios com o governo Federal para trazer cursos de nível superior através da Plataforma Paulo Freire, UAB e Darcy Ribeiro, parceria com a UEMA;
k)     Construção do Centro de Formação em parceria com o Estado;  e etc.    
2.       É preciso sua senhoria eminência parda que façais uma meditação mais acurada para poder aferir algum tipo de crítica a outrem somente com o propósito de denegrir a imagem objetivando ganhar louros políticos apresentando-se como uma figura pública sem macula e sem nenhuma culpa no Cartório, ou melhor, na JUSTIÇA! Quem sóis vós a querer ser mais limpo que o néctar do mel de abelha?
3.            Ainda sobre a questão educacional, tiveste a coragem de afirmar incisivamente que o município de Codó precisa de um homem com braço forte e determinação. Sim, todos nós sabemos que esta característica é peculiar a vossa pessoa, pois, vosso espírito é marcado pelo coronelismo e, por via de regra, não há vestígios de liberdade naquilo que vós desejais e quer.    
2.    A QUESTÃO DA SAÚDE...
Com toda sua simpatia demagógica, e com firulas, tenta também, se projetar como um gestor excelente que deixou o município sem nenhuma necessidade e problema, Codó na verdade, parecia o refúgio divino de tão perfeito que deixou a Saúde. Quão virtuoso foste para com os munícipes a ponto de ser flagrado transportando medicamento, carteiras universitárias e merenda escolar rumando a uma pesca! Isso, sim, de fato, é um exemplo digno de nunca ser copiado por ninguém que tenha uma sã consciência! Vou enumerar apenas uma conquista do governo Zito Rolim no setor da saúde – para não ser enfadonho: a) UPA (Unidade Pronto Atendimento) esse sim, compromisso de Campanha cumprido para a comunidade do bairro Codó Novo! Fizeste apenas firulas verbais sem nenhuma novidade interessante, chega de bla-bla-bla-bla! Foste um verdadeiro carniceiro ao ser desmascarado com o desvio de material pertencente ao nosso município e que seria entregue a outro. Vergonhoso e lamentável.  Triste cena! Triste episódio!
O que dizer senhor eminência parda das ambulâncias que estão disponibilizadas para o KM 17, Boa Vista do Procópio e de Cajazeiras? E, mais ainda, das duas motos que auxiliam o SAMU? Isso não é Saúde?
3.    E, finalmente, a infraestrutura...
É preocupante o quadra atual político para os opositores circunstancialistas e oportunistas. A impressão que temos é a de que o atual governo ganhou força e está crescendo, tendo boa aceitação e sendo reconhecido pela capacidade empreendedora.
Não precisamos inventar fatos e tampouco criá-los para poder ganhar simpatia popular. Apenas a realização de obras de alcance social simples já representa uma grande aprovação popular. Deixemos  de lado esse aspecto e entremos no que interessa: a infraestrutura. O senhor eminência parda nos deu uma extraordinária aula no campo da mentira e, inclusive, ele revelou um grande dom: o da divindade.  Ao ser interrogado pelo apresentador com relação à ponte do codozinho ele não titubeou e asseverou: “se eu fosse o governante esta ponte não teria caído”, nossa! É impressionante sua capacidade premonitória, é um verdadeiro deus-terreno! E, ainda disse mais: “mesmo sendo governante e se a ponte tivesse caído, eu a construiria em apenas 30 dias!” Senhor eminência parda, cabe aqui uma interrogação simples: como pretendias construir uma ponte em 30 dias, sem o processo licitatório? Há! Já sei, burlar a lei. É muita demagogia para pouca ação. Vós devíeis ter bom senso e não propalar tamanho despautério, somente um homem de vosso espécime é corajoso suficiente para emitir esse ponto de vista descabido e insensato. Bom, para colocá-lo a par dos últimos acontecimentos na área da infraestrutura enumerarei apenas:
ü  reforma da avenida 1º de maio sentido São José, e, com um novo asfalto;
ü  e, paralelamente, do lado da Escola Estevam Ângelo;
ü  a construção das 1.000 unidades do Projeto Minha Casa Minha Vida, parceria com o Governo Federal; e, ainda mais, 2.000 já garantidas onde 1.000 unidades serão construídas no Bairro da Tarizidela;
ü  colocação de asfalta em 56 ruas do Bairro Codó Novo, com meio fio e sarjeta, bem como a estrada que interliga o IFMA, parcialmente;
ü  piçarramento em todas as ruas da Vila Camilo I e II;
ü  reforma da Praça ao lada Escola Santa Filomena;
ü  reforma das quadras de esportes do Vereda, Codó Novo e Conjunto Novo Milenio;
ü  reforma do Matadouro Municipal;
ü  reforma da Praça de Alimentação do Mercado Central;
ü  construção do Mercado do Bairro Codó Novo;  e etc.
 Á GUISA DE (IN) CONCLUSÃO
Após esse pequeno apontamento sobre o que a atual gestão já realizou e ainda o que tem para realizar fico pensando ainda na fala do demagogo e da extraordinária figura da eminência parda perdido entre o que é realidade e o que é ficção oriunda de seu cérebro deturpado e canhestro.
Foi notável percorrer o imaginário aludido pelo senhor eminência parda na expectativa de desbravar algo novo e que pudesse fazer jus ao seu malogrado e indisfarçável discurso do fatalismo. Situando-se extemporaneamente, criou um mundo particular, perfeito, lindo e desenvolvido, porem, esqueceu um pequeno detalhe: de que fora por três vezes mandatário deste mundo imaginado por si. É uma pena que tenha esquecido tal detalhe porque no fundo, ele construiu uma infinita barreira entre os concidadãos e o desenvolvimento social em que as benesses restringiram-se apenas a um seleto grupo de partidários.
Em toda sua fala percebe-se sua ira e sua incontrolável vontade de retornar ao poder local e promover um terrível e ardiloso plano de aumento da miséria e da pobreza.
É engraçado quando se fala de pesquisa. Quanta pressa em querer ser o primeiro quando na verdade, já o foi por três vezes e nada proporcionou de mudança estrutural, apenas maquiou algumas ações superficiais sem levar em conta o verdadeiro sentido de uma administração voltada para a comunidade como um todo.  
Não podia ficar silenciado ante a fala desse decrépito e malvado senhor eminência parda, durante sua última gestão sofri por demais toda sua prepotência, grosseria, arrogância, violência e intimidação. Foi de fato, um governante com braço de ferro, determinado a domesticar a quem se lhe opunha e, ao mesmo tempo, institucionalizou um dos mais nojentos instrumentos de repressão: a perseguição com a famosa guarda municipal ilegal, que deveria proteger e servir ao invés de ameaçar! 
O mundo mudou. A forma de administrar também mudou, não há mais espaço para o terrorismo e nem tampouco para a figura do caudilho que simboliza e caracteriza muito bem sua impostura. Adeus ao passado! Não queremos e nem desejamos mais os clássicos modelitos (guetos) administrativos recheados de ameaças, violência e terrorismo.  Não cabe mais esse tipo na atual pós-modernidade. O que estamos queremos é aperfeiçoar a democracia, é aprofundar a transparência da coisa pública, é trabalhar com a liberdade sem sofrer nenhum tipo de truculência de ordem política, é trilhar a perspectiva do desenvolvimento em todos os sentidos e áreas de nossa cidade, é ter oportunidade para crescer socialmente sem a interveniência da politicagem.  De toda a fala da eminência parda nada se tirou de proveito, vimos apenas o desejo infame de uma persona non grata sedenta pelo poder querendo transmitir uma concepção de um mundo que só está na sua cabeçinha oca e fantasiosa. A realidade é mais profunda e o espírito de desenvolvimento que está entronizada no seio da sociedade civil é inquestionável, por isso, estamos experienciando um momento de grande crescimento local e, isso, está importunando os setores da elite conservadora e de extrema direita, como é o caso da figura de vossa eminência parda. Não há mais espaço para a edificação de governos concretamente atrasado e cunhado pela inoperância. A sociedade codoense se recusa a dar credibilidade a um conhecido modelito (gueto) que, em síntese, representa o desmantelamento do setor público.  
______________
1.       Ao mencionar a palavra eminência parda o fiz com a finalidade exclusiva de identificar a verdadeira característica do mais notável reacionário político que  já tivemos noticias nas três últimas décadas na história de nossa cidade. A principal articulação realizada por este grande burguês de extrema direita é a capacidade de manobrar os seus interlocutores com piadinhas de mau gosto. Mas, a verdadeira função de uma figura da eminência parda é criar situações que possam agradar a um determinado correligionário político aconselhando-o para tomar uma decisão que o beneficie. Mas, no caso especifico, ele aconselha a si mesmo em termos políticos, pois, em se tratando de política, especialmente, aprimora suas técnicas ditatoriais e de opressão.      

sábado, 20 de agosto de 2011

O VERGONHOSO ESQUEMA E ABUSO DO PODER ECONOMICO NO PEDEX EM CODÓ


Diante dos fatos e acontecimentos transcorridos durante o PEDEX-2011 em Codó, venho a público expor o seguinte:
1.      O histórico e fatídico 15 de agosto de 2011 será marcado como o dia oficial da legalização e institucionalização da força e do abuso do poder econômico e a prática do aliciamento sob os filiados incautos e, paralelamente, promovendo o desrespeito e a desonra da mais importante legenda do país.
2.      Definitivamente, foi banida do PT a verdadeira democracia e o livre arbítrio, a liberdade e a decência, o respeito e a dignidade suprema humana.
3.       Nunca na história de existência do PT havíamos testemunhado tamanha intolerância para com a democracia e o respeito pela liberdade e ao indivíduo enquanto sujeito.
4.      A concepção de partido associada a uma ideologia socialista e libertária construída ao longo de duas décadas em nossa cidade, fora destruída e, ao mesmo tempo, soterrada nesse processo eleitoral de forma mais absurda e imaginada.
5.      A forma perversa e pervertida utilizada pelo candidato Geziel Barroso de Carvalho a Presidente e com o suporte de todos os membros da Chapa Cidadania e Democracia, no afã de garantir sob quaisquer circunstancias as eleições e saírem vitoriosos, como de fato, saíram; entretanto, o método usado é que é condenável irreprochavelmente: o abuso do poder econômico.
6.      A desonrosa e acintosa “vitoria” do candidato Geziel Barroso de Carvalho configura um momento extremado de uma mentalidade coletiva doente. O resultado oficial demonstrou o desencanto e a própria surpresa onde os vitoriosos não se sentiram animados e felizes para comemorar tal feito; porque simplesmente, houve sim, um ato ilegal, desonesto e afrontoso. A própria sociedade civil codoense sentiu-se enojada e com um sentimento profundo de repulsa ao tomar conhecimento da conduta utilizada pelos nossos oponentes viciados e interesseiros. A luta interna entre as diversas forças existentes no PT constituiu e consolidou o exercício indomável da capacidade produtiva de dialogar e discordar, divergir e convergir entre essas forças, contudo, a salutar lutar interna deixa de ser um instrumento de inspiração, alicerce, de sonhos, de utopias e passa a ser objeto de disputas ferrenhas objetivando ganhos pessoais. O novo milênio e, com ele, a reformulação conceitual da política e do sistema internacional, introduziu uma concepção política equivocada nas ‘cabeçinhas vazias’ desses ilustres e impolutos militantes: a construção de alianças numa perspectiva imediatista e objetivista que, a priori, denuncia e anuncia o novo conceito político de se estabelecer tais alianças. Na verdade, o exemplo mais claro e inexpugnável foi o ato realizado por esse mesmo grupo em 2008. Ali, houve de fato, a evidência da iningulável força do endiabrado Emilio Matos: o vice-prefeito.  Lembrar um pouco o recente passado é fundamental para compreendermos as articulações e, por trás, os seus respectivos interesses individual. Mas, voltemo-lo ao que interessa: o PEDEX.
7.      Quero evocar um detalhe interessante nesse partido: o filiado e ex-parlamentar petista de papel, sempre demonstrou sua aversão no que tange ao pagamento das contribuições partidárias. Por conta disso, ao se tornar o primeiro parlamentar eleito do PT inicia um processo de autodestruição que resultou no seu aniquilamento político ao priorizar a política do adversário e inimigo histórico do PT: Biné Figueiredo. Como ele nunca pagou o Partido durante o seu mandato, hoje, ele ostenta um débito de mais ou menos R$ 13.500,00. Por conta desse débito, o filiado Emilio Matos não pôde ser votado e nem votar. Ao registrar tal fato, faço com uma finalidade: de afirmar que ele é um mau-caráter e um tremendo calhorda. E, neste sentido, passo a supor o seguinte argumento: como a sociedade pode dar crédito a um agente político que ludibria o próprio partido e, engana a todos os filiados? Como a sociedade civil pode acreditar num politiqueiro desse naipe? Ora, o seu passado é sujo, portanto, a sociedade não pode dar crédito a um ser que possui um histórico tão recheado de tramas, armações e traição? É um mentecapto! A sociedade civil deve rejeitá-lo e ignorá-lo como homem público para o seu próprio bem! Indivíduo da estirpe do filiado Emilio Matos não pode ser a expressão sadia no campo político, sua astúcia sempre será utilizada para o mal, tal assertiva por si só, é verdadeira, diante das intrépidas ações realizadas pelo mesmo. É vergonhoso termos um homem no centro da política local com tamanho histórico negativo. É colocando à parte da política, elementos desse nível esdrúxulo que, possivelmente, abrir-se-á uma perspectiva de mudança em relação ao candidato com um passado limpo, sereno e honesto intelectualmente. 
8.      O PEDEX em Codó foi transformado em um processo eleitoral convencional. Tudo estava valendo, inclusive, a prática, a força, influência e abuso do poder econômico.
9.      A indiscutível forma de fazer política e articulação concretizada pelo candidato a Presidente Geziel Barroso de Carvalho não pode ser modelo e nem tampouco, uma metodologia corriqueira alimentada para forjar sob quaisquer nível e condições a garantia do objetivo pretendido. É possível sim, fazer política, participar das lutas sociais com uma visão baseada em aspectos valorativos, sem, contudo, perder a esperança de que a política é para os homens sérios, éticos e que desejam e querem fazer algo de bom para beneficiar a comunidade no seu todo, indistintamente. Mas, infelizmente, não é o caso do filiado e candidato a Presidente Geziel Barroso de Carvalho, Emilio Matos e sua hoste do mal.
10.    Em nosso entendimento, o que aconteceu no PEDEX foi obra exclusiva dos pseudolideres filiados ao PT tentado salvar o impossível: uma aliança com o nosso arquiinimigo histórico.  Quem acompanha e acompanhou todo o processo realizado em 2008, sob a condução do filiado Emilio Matos sabe do que estou salientando.
11.    É possível identificar a unidade entre os representantes da hoste do mal. Ai, daquele que ousar criticar o “príncipe do mal”¹, pois, ele se sente ‘intocável’ e é admirado pelos seus séquitos. É incrível esse sadomasoquismo político praticado em defesa de um ideal tão profano e a influencia do “príncipe do mal” sobre todos os petistas distraídos. Essa articulação interna só é possível por conta de dois fatores determinantes: a) a ampla vantagem da hoste em enganar os filiados previamente, semeando a discórdia e etc; b) de igual modo, engendrar expectativas falsas em relação aos filiados sobre o ato pretendido.  Diante dessa dramática conjuntura interna e cuja repercussão negativa – conforme podemos constatar nas falas concedidas desses extraordinários militantes aos meios de comunicação de massa -, recai e culpa sempre na figura de Jacinto Júnior, Raimundo do PT e Edna Rodrigues e tantos outros valorosos companheiros que sempre se dispuseram enfrentar os adversários internos e os inimigos externos (que são os representantes da pequena e média e, agora, grande burguesia), no intuito de se apropriarem de nossa legenda.  Lamentavelmente, a politização do PEDEX ocorreu de forma deturpada e completamente atípico, pois, ao invés de se discutir o nosso projeto de partido e o modelo de sociedade que queremos construir, a grande pauta colocada na ordem do dia foi – e, defendida pelo filiado Geziel Barroso de Carvalho, Emilio Matos e toda sua hoste -, foi o nome de um presumível candidato do PT, como se isso fosse o processo mais natural do mundo e uma unanimidade no interior do PT; no entanto, devo alertá-los de que o “buraco é mais embaixo” senhores detentores do mal. Reitero a minha confiança, o meu espírito de luta em defesa de um partido coerente, sério, distante daquilo que se constitui em vergonha e sadismo louco como vem sendo dirigido ao longo desses 10 anos. O PT será de fato o Partido não-partido, não dividido pela divisão somente; será o PT da verdade, da democracia, da solidariedade.
O PT NUMA OUTRA PERSPECTIVA E VISÃO POLÍTICA DEMOCRÁTICA: MAS, SOB UMA NOVA DIREÇÃO
12.    O PT de Codó sofreu um profundo abalo e desgaste, tomou um rumo completamente diferente daquele proposto nos Estatutos e Resoluções. Sob a responsabilidade do Grupelho do Mal – tendo à frente o magistral, o único, o expert e fantástico filiado Emilio Matos -, que promoveu toda a balbúrdia e baderna jamais vista em toda a sua história; o acirramento do embate interno chegou ao extremo do absurdo quando do Processo de Eleições Diretas–PED em 2009, a Chapa Unida na Luta Reconstruindo Codó, 0bteve 24% dos votos válidos, e o Estatuto estabelece que na disputa quem obtenha 15% dos votos válidos legitima o processo. Contudo, a ala pragmática convertida ao maligno e a perversão colaborou diretamente na liquidação literal do PT enquanto organismo de luta política e social. É por isso que houve a necessidade de se reeditar o PEDEX. Mas, diante de todo o absurdo, acinte, aliciamento ocorrido nesse PEDEX-2011, nós não perderemos a esperança e a perspectiva histórica de resgatarmos o PT e recolocá-lo em seu devido lugar: na dimensão da ética e do respeito, da democracia e liberdade, da justiça social e, finalmente, na construção de uma sociedade renovada e socialista.
13.    Estou esperançoso em ver amanhã o nosso PT tendo de fato, uma direção de verdade, com uma filosofia centrada nos valores fundamentais de uma sociedade libertária, verdadeiramente democrática, preocupado com o desenvolvimento social integral e integrado de nossa cidade, sem, contudo, perder sua essência de partido independente, autônomo e com um projeto de mudança e transformação social profunda. A percepção de engendrarmos as condições materiais para inverter a atual correlação de forças no interior do PT está sendo operacionalizadas e, acreditamos que será um momento de libertação do PT das amarras do atraso e da superação da intolerância tão forte por parte da ala entreguista comandada pelo “príncipe do mal”. Não é possível a permanência no seio do PT pessoas com o tipo de pensamento e atitude que sempre conjuga uma vertente assombrosa e negativa sob o olhar atento da sociedade civil codoense e, principalmente, filiados: o desvio do projeto partidário. É chegada a hora do PT se manifestar com autoridade e austeridade, mas sem perder sua “ternura”. Ser diferente implica ter autoridade moral e ética para falar em nome da democracia, por isso, continuo alimentando minha utopia do possível. O nosso PT certamente trilhará uma nova formulação teórica, de esquerda, mas, sob uma nova direção. É o que esperamos, aguardemos os desdobramentos posteriores!    
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¹. A referência é notória e pública, pois, trata-se de um proletário frustrado e profundamente angustiado pelo desejo insano da escalada social; e, para alcançá-la, não mede esforços na perspectiva de concretizar tal desejo. E, nesta linha de pensamento ele procura estabelecer alianças de qualquer forma e modos, e o que é pior, não importa com quem, por isso, o que vai ser considerado é o objeto objetivado pelo mesmo. É de fato, uma conotação esplendida por marcar a característica fundamental do sujeito em tela. Desde o principio ele sempre se mostrou ser diferente e superior a todos. A pecha de “príncipe do mal” justifica-se por ser ele um notável e hábil criador de animosidade entre os filiados a ponto de transformá-los em inimigos encarniçados. Não é tarefa fácil superar e suplantar o discurso construído pelo “príncipe do mal” e propalado pelos seus admiradores mais íntimos. O “príncipe do mal” não possui escrúpulos e nem mesmo sensatez de seus infames atos, pois, são frutos de uma mente doentia. Em resumo, o “príncipe do mal” simboliza o que há de mais desprezível num ser humano, porque toda ação demandada de si é para si, e nela contém uma má intenção cujo resultado o beneficiará - como temos testemunhado - mesmo prejudicando terceiros. A sua estratégia pragmática, visivelmente, procura desenvolver um raciocínio pequeno-burguês, tentando agradar a burguesia, e, aí, busca, efetivamente, aproximar o PT dos setores reconhecidamente conservadores e da extrema direita, alimentando dessa maneira as alianças espúrias que resultaram e resultarão em beneficio e interesse próprio. Na verdade, é um modo particular de querer ser grande sendo minúsculo e, sendo minúsculo não pode conviver com o anonimato e, por isso, faz as estripulias manchando a legenda do PT e a si mesmo. Somente uma pessoa com as características do “príncipe do mal” é capaz de articular ações que deságua em escândalos, manipulações, mentiras e truculências.                                

terça-feira, 2 de agosto de 2011

PLANTAR, REGAR E COLHER A SEMENTE DO COMPROMISSO



INTRODUÇÃO
A história da Educação brasileira sempre foi permeada pela ausência de um projeto político ousado e com características democráticas. E, apesar disso, nós, trabalhadores da educação estivemos à frente de todos os embates na tentativa de propiciar as condições efetivas para a consecução de uma educação democrática, progressista, com qualidade social e, sobretudo, cidadã. Aqui, não pretendo utilizar uma metodologia rígida e seca para expor um ponto de vista de caráter explicitamente pedagógico para estabelecer uma crítica construtiva e tentar sensibilizar o conjunto de educadores para esse drama histórico que permeia a vida da maioria de nossos educandos, educandos esses oriundos da classe trabalhadora que necessitam de muito carinho, paixão e amor para suprir a ausência de afetividade familiar. Por isso mesmo, ouso delinear esse pequeno texto e expô-lo para a comunidade escolar avaliá-lo, oferecer idéias e alternativas para, juntos, resgatarmos verdadeiramente o sentido de vida e cidadania desses pequenos e carentes filhos de nossa gente.
Neste pequeno texto, não tenho a pretensão de revolucionar a teoria educacional e nem tampouco, desconstruir aquelas que foram edificadas com grande esforço intelectual de alguns excelentes pensadores como: Paulo Freire, Dermeval Saviane, Anísio Teixeira, Pedro Demo, Jussara Huffuman, Esther Pillar Grossi, Madalena Freire, José Carlos Libaneo, Moacir Gadotti, Eustaquio Romão, Carlos Brandão e etc., mas, desejo exprimir singelamente, um ponto de vista que abarque alguns pontos fundamentais e necessários para a reflexão de nossos profissionais da educação em nosso município. O primeiro trata da questão central de todo o processo ensino-aprendizagem: a responsabilidade com o sacerdócio em sala de aula; segundo compreender o processo ensino-aprendizagem como um todo e não como parte, terceiro construir uma metodologia que açambarque a dinâmica do processo global de apreensão do conhecimento produzido historicamente envolvendo os atores principais: os educandos, educadores, a comunidade e a própria escola.
Enquanto perdurar o discurso da “acusação” e da “omissão”, o ensino educacional permanecerá nas trevas e, por conta disso, os educandos sofrerão diretamente as terríveis conseqüências dessa prática condenável. Aqui, é necessário estabelecer uma pequena observação a respeito do discurso citado: quando trago à tona essa velha questão (o da “acusação” por parte do profissional da educação em relação a outro profissional que deixou de realizar uma determinada responsabilidade e “omissão”, por conta da própria “acusação”, usado neste caso, como escudo para não fazer sua correspondente função dentro da escola e, isso, tem causado um tremendo prejuízo para os educandos que deixam de ser atendidos pelos profissionais e aí nos deparamos com um quadro terrivelmente insano de descidadanização, efetivamente) é porque ela tem produzido um fetiche - no interior do sistema municipal de educação – onde se verifica uma onda de negligencia que resulta no empobrecimento intelectual do profissional e, com um agravante: a negação efetiva de seu papel enquanto mediador e colaborador do conhecimento científico no interior de sala de aula.
É chegado o momento crucial de cada profissional rever sua postura enquanto mediador do processo ensino-aprendizagem, recompor sua atitude em relação ao educando comprimindo dessa forma a relação social intensamente entre si, os educandos e a comunidade; e, finalmente, instituir em cada Unidade Escolar um Grupo ou um Círculo de Estudo que dê conta de toda essa conjuntura negativa e seja capaz de encontrar mecanismos para derrocar, em definitivo, a cruel realidade que persiste em nosso meio e, particularmente, em relação aos educandos.
Ao suscitar o espírito da arte de Plantar, Regar e Colher foram na perspectiva de oferecer alguns elementos imprescindíveis para se repensar e refazer um novo caminho, com uma nova filosofia e concepção pedagógica democrática. E nesta mesma linha de raciocínio tentaremos imprimir um ritmo cadenciado e harmônico tendo como resultado dessa nova cultura e práxis a Semente do Compromisso. Certamente, toda a política aqui introduzida se levada a cabo, obviamente, seu resultado final, será reconhecido e, ao mesmo tempo, o esforço depreendido por todos nessa empreitada gigantesca. E, de tudo isso feito, o que podemos tirar de lição é: verdadeiramente, valeu à pena lutar pela transformação dessa chaga denominada analfabetismo.
E é com esse espírito da arte de Plantar, Regar e Colher a Semente do Compromisso que lutarei sempre, para mudar nossa dramática realidade sócioeducacional mesmo nas mais adversas condições impostas pelas circunstancias históricas. A História exige de nós, apenas uma coisa: sensibilidade e compreensão. 
    DO DISCURSO TEÓRICO À PRAXIS PEDAGOGICA
A nossa história educacional sempre foi marcada pela “acusação” e “omissão” dos agentes políticos com graves conseqüências no meio dos profissionais da educação. Geralmente, a tendência que permeou o contexto educacional se revelou na prática apenas na fala destoante desses agentes políticos. Nunca dantes, havíamos testemunhado mudanças estruturais tão significativas em curto prazo de tempo como a que estamos vivenciando atualmente. Contudo, é preciso que façamos justiça às ações do atual Governo Municipal. Não pretendo entrar no mérito da questão, apenas frisar que o Sistema Municipal de Educação agora, está sendo revigorado e reestruturado. Partindo do pressuposto de que é real a possibilidade histórica de promovermos a tão sonhada educação inspirada nos ideais humanitários, com a participação da comunidade, consolidando ações afirmativas consubstanciando a democracia dentro das escolas, enfim, desconstruirmos toda uma prática nociva à nossa educação e demovendo aquelas ações caracterizadas pelo conservadorismo e tradicionalismo, o momento é, na verdade, de crescimento, amadurecimento e de reaprendizagem.
Qual é realmente a política a serem adotadas para quê todas as estúpidas e ferrenhas barreiras do ostracismo e do atraso efetivamente, seja derrotada? Que caminho seguiremos para, juntos, programarmos a verdadeira conjugação do verbo fazer e, fazer coletivamente acontecer o impossível? Que metodologia pode ser instituída visando à eliminação dos graves problemas identificados nas escolas e que precisam ser enfrentados corretamente e de frente?
Somente um caminho pode ser vislumbrado na tentativa de reconstituir todo o gigantesco processo ensino-aprendizagem deformado que se faz presente de maneira tão perversa: o desprendimento e a determinação em querer fazer quantas vezes forem necessárias para a supressão das barreiras restolhadas. É incrivelmente deslumbrante quando realizamos uma ação de pequeno porte, quase invisível, mas que tem uma dimensão estupenda, quando conseguimos de forma progressiva manipular – não no sentido da maldade – um sujeito, e fazê-lo sentir-se verdadeiramente, gente, valorizado!!! Isso não conta, apenas conquistamos uma merecida gratidão pelo feito e, isso é que vale, não é?
Por isso, é fundamental que nós profissionais da educação, aprendamos uma coisa: não é somente a teoria que dignifica o trabalho do operador da educação e de quaisquer que seja a função, mas, a práxis, sim, a práxis é o elemento singular e determinante associada à teoria para a realização de um ato simples e profundo que modificará para sempre a condição do sujeito envolvido no processo enquanto ser que pensa e se reconhece como crítico e cidadão no mundo e é no mundo que ele vai viver pensando e repensando sistematicamente sua existência. E para viver no mundo ele necessita da arma da crítica e não a “crítica das armas”.
É preciso ter coragem e ousadia - literalmente - para irromper com a cultura do discurso teórico apenas e, partir para uma nova situação tendo como epicentro, o novo ato de fazer e fazer sob novas condições, em que pese a participação direta do educador na possibilidade de refazer a antiga prática e ao mesmo tempo, instaurando a nova cultura, a cultura da práxis que fundamentará todo o processo de transformação. A nossa tarefa é imprescindível na construção da cidadania de cada educando, pois, cada um deles precisa sentir a sua afetividade, seu carinho, seu profundo amor e dedicação. 
Portanto, o ato de romper com a velha cultura e a inauguração de uma concepção pedagógica inteiramente nova, nos moldes democráticos ampliando assim, o lastro da arte de Plantar, Regar e Colher a Semente do Compromisso, verdadeiramente, levantará a auto-estima dos atores sociais envolvidos no processo rico de aprendizagem recíproca. Impossível enquanto educador em constatar o nível de aprendizagem dos educandos abaixo de suas necessidades prementes, isto, não é aceitável encontrarmos educandos no Ensino Fundamental das séries Iniciais e, até mesmo, as Finais, sem a capacidade de domínio dos três elementos constitutivos da cidadania humana: ler, escrever e contar.
É preciso que façamos alguma coisa. Não é mais tolerável essa condição cidadã, aliás, diga-se de passagem, que, isso não é condição é uma completa aberração do Sistema Municipal de Ensino. Aqui, não podemos deixar de fazer o seguinte questionamento: acuso o Sistema pelo fracasso escolar, mas, quem, está no interior do Sistema? E quem, de fato, é o responsável pelo processo ensino-aprendizado no seio das salas de aula? Então, é mister que façamos uma avaliação mais profunda de nossas condutas e práticas pedagógicas, sejamos, efetivamente, portadores de sonhos e concretude, mas, nunca colocarmo-nos como “omissos” diante de tal realidade perversa.       
QUEM É O VERDADEIRO CONSTRUTOR DA CIDADANIA?
Historicamente, enquanto elementos fundamentais (parte integrante) do processo de formação da consciência social do ser tivemos acesso a vários matizes que conduziram o Sistema Educacional Brasileiro, mas, se focarmos o “ente” o “ser social” enfrentaremos um dilema: quem é verdadeiramente o construtor da cidadania humana ou do sujeito histórico? Quem, de fato é o responsável pela formação social do ser humano? Bom, falando pedagogicamente, sem dúvida nenhuma, o responsável direto por esse processo fundamental da formação cidadã é o educador.  É no educador que se encontra os instrumentos essenciais para o desenvolvimento da política de formação social do humano. É no educador que se encontra as ferramentas indispensáveis para o aprimoramento e o conseqüente exercício da democracia e da cidadania humanizada entre os sujeitos aprendentes. É no educador que encontramos a pedra de toque que transformará inevitavelmente o sujeito humano num sujeito crítico e capaz de avaliar a realidade que o circunda. É no educador que o educando encontra a possibilidade de crescimento intelectual, é no educador que se encontra o alicerce fundamental para construir o homem integral e mais completo; com características virtuosas, prenhe do sentimento de respeito diante de seu semelhante, desprovido da ganância estúpida, porém, cauteloso, sem exasperação e dissimulação. O educador verdadeiro ou, de verdade, é aquele que se compreende como extensão e não somente como o transmissor do conhecimento de forma mecânica e fria, distante e separado dos educandos como se eles fossem uma espécie de ovnis. O educador deve sentir a alma de seu educando e penetrar fundo em seu mundo compartilhando experiências distintas e bastante ricas que contribuirão fortemente na supervalorização individual e coletiva dos sujeitos aprendentes do processo ensino-aprendizagem. O verdadeiro educador é aquele que rompe com o banal e o corriqueiro, expresso na inoperância e na profunda preguiça mental que agride fenomenalmente a simplicidade do ato de ensinar e ensinar bem.
A instituição educação não é um labirinto sem saída. Ela tem uma porta de entrada e uma de saída. Mas, nesse caminho a ser percorrido o educador é o elemento intrínseco que conduzirá o educando no rumo certo, sem sofrer traumas e nem interrupções abruptas que possa condená-lo ao fracasso escolar e o insucesso na vida profissional. Portanto, o educador jamais poderá deixar de fazer essas observações e muito menos deixar de avaliar a sua própria conduta e sua responsabilidade na formação cidadã dos educandos. Inevitavelmente, temos uma clara compreensão de nossa responsabilidade e de nosso compromisso ante o processo educacional. 
Na literatura sociológica e filosófica há uma categoria denominada alienação (tal processo pode ser compreendido numa perspectiva de libertação ou de opressão numa determinada sociedade, ou, ainda, dentro de uma determinada relação social) que compreende o processo invertido da lógica social em que o sujeito está submetido e não o entende como elemento que interfere brutal e diretamente no modo de viver e de relacionar-se sob a égide da ideologia de um determinado sistema social. E é exatamente neste ponto que quero chamar a atenção dos educadores. Você educador é um sujeito alienado ou desalienado? E, o que é um sujeito alienado? Ora, se de um lado, você afirmar que é um sujeito desalienado, sua afirmação só será reconhecida à medida que suas ações o acusar como tal, caso contrário, a tua afirmativa ainda permanece presa aos ditames do sistema ideológico tradicional e, por conseqüência, a manutenção desse mesmo sistema. Contudo, se de fato, compreenderes a necessidade de estabelecer a ruptura como alternativa ao sistema de dominação, então, terás que enfrentar a perspectiva da transformação permanente. E trabalhar na perspectiva da transformação permanente inevitavelmente estará construindo um processo de inovação e a inovação impõe diretamente o amadurecimento e a independência intelectual e, ao mesmo tempo, a construção de novos elementos para distinguir-se dos elementos estabelecidos de forma tradicional e conservadora que atendem ao sistema ideológico de dominação. Esses elementos é que comporão, agora, os novos arranjos pedagógicos que farão a grande diferença no processo ensino-aprendizagem marcadamente progressista e libertário.
Enquanto o educador não agir com autonomia e liberdade tentando irromper com o tradicional, a forma e o modelo do Sistema Educacional permanecerão o mesmo espírito atendendo aos interesses ideológicos do sistema de dominação. Ao introduzir o binômio autonomia/liberdade foi com a finalidade de provocar a reflexão de todos os educadores sobre seu papel social de formadores de cidadania. A nossa luta e o nosso pensamento é no sentido de incutir em cada educador e educadora a imperiosa necessidade de reavaliar sua conduta, sua competência pedagógica, seu papel social e o seu trabalho em sala de aula. Cabe a cada um de vós, a responsabilidade de promover a mais completa tarefa de transformação do educando, garantindo-lhes uma possível e melhor condição cidadã num futuro não tão equidistante. Por tudo isso, é necessário ter com clareza a filosofia e o conceito daquilo que denomino de Plantar, Regar e Colher a Semente do Compromisso. Nada pode ser comparado ao ato simples de estabelecermos ações que convergirão na transformação do ser social no interior de uma dada sociedade. É em nós, educadores, que repousa o espírito da verdadeira esperança do futuro, não podemos tergiversar desse valioso e incomensurável compromisso. É pleno de convicção que coloco o nosso trabalho digno e incomparável como trincheira para proporcionar a mudança de rumo de nossa sociedade. Essa intrépida tarefa não é inglória e não é impossível de ser realizada, basta querermos; tal evento somente gozará de seus positivos efeitos se tivermos a convicção de contribuir resolutamente idealizando suas possibilidades e perspectivas.
O sentido verdadeiro do ato de Plantar, Regar e Colher a Semente do Compromisso somente será percebido quando deixarmos de lado o discurso da “acusação” e o da “omissão”, aí, sim, essa política pedagógica conseguirá ser executada em sua plenitude com resultados excelentes, pois, o ato de ensinar estará sob uma nova condição e perspectiva: o da concretude.
A idéia epistemológica deste texto é propor uma autorrevolução individual em cada educador e educadora visando a sua própria reestruturação interna de pensar sobre a questão da responsabilidade e o compromisso de ser parceiro nesse processo importante de mudança e transformação radical do educando. É com o espírito aberto e cheio de possibilidades acreditando sempre que é possível sim, fazer e refazer uma mudança substancial naqueles sujeitos pequeninos “desprotegidos” e “despreparados” para a vida futura. O que não pode ocorrer mais é a permanência do discurso da “acusação e o da “omissão”, tendo como resultante disso, o crescente aumento dos indicadores do analfabetismo em nossa comunidade.
Somente com uma atitude nobre e com bastante serenidade por parte de todos os educadores e educadoras será possível Plantar, Regar e Colher a Semente do Compromisso. Nós estamos apostando nesse gesto simples dos educadores para edificarmos verdadeiramente uma escola democrática e participativa em que o educando seja, de fato, o fundamento prioritário de suas práticas em sala de aula. A nossa luta em priorizar o processo ensino-aprendizagem deve ser o elemento constitutivo para elevar a autoestima do educando e, ao mesmo tempo, estaremos proporcionando de forma efetiva, a possibilidade de dar as condições materiais e concretas para que ele (o sujeito) possa compreender a sua realidade social, e seja capaz de aferir uma avaliação com independência intelectual e autonomia. Não podemos mais perder tempo com a mediocridade e modo mecânico de estabelecer relações intrínsecas com os educandos na perspectiva conservadora provocando prejuízo aos mesmos.
Construir uma nova conduta com características progressistas e recoloque no centro da discussão a capacidade teórica dos educadores e os induzam a realizar uma prática pedagógica essencialmente dialética; sem nunca perder de vista os educandos como pano de fundo (considerando a necessária irrupção com os moldes tradicionais).
É, em nós, educadores e educadoras que se encerra a tarefa fundamental de edificarmos um processo cujo resultado tenderá a uma profunda redução dos indicadores sociais e educacionais. A concepção de Plantar, Regar e Colher a Semente do Compromisso compreende a seguinte proposição: a) desenvolver um trabalho que leve em conta o papel fundamental do educador de alfabetizar os educandos que estão cursando as séries iniciais e finais que não possuem ainda, o domínio básico da leitura, escrita e o cálculo; b) É inaceitável a constatação dessa realidade perversa, por isso, é imprescindível que seja feito um conjunto de ações coletivas (dentro das escolas) que indiquem um horizonte propício invertendo a atual lógica dos indicadores educacionais e sociais; c) Identificar, através de um diagnóstico prévio, aqueles educandos que não detêm o domínio clássico e básico do processo de apropriação do saber.
E, por fim, cabe elaborarmos uma interrogação simples a respeito do processo ensino-aprendizagem: quem é o responsável pelo ato de ensinar em sala de aula?