sábado, 26 de maio de 2012

A IMPRENSA É ÉTICA?


Essa interrogação não quer calar! E por que a mesma não deseja calar? É imperativo que façamos uma breve análise sob a perspectiva do conceito de liberdade, verdade e ética no campo midiático em nível local. A forma e a conduta que tem sido operacionalizada pela mídia em nossa cidade, certamente, têm produzido uma verdadeira caçada às bruxas. É com apreensão que noto os modelos e a formatação criada pelos proprietários de comunicação de massas para transmitir noticias à comunidade codoense. Devemos, na verdade, ter coerência e espírito democrático para construir uma informação e lançá-la da forma como ela ocorreu, pois, é até cultural – de acordo com o interesse da linha editorial do programa e/ou proprietário da mídia o modo como será noticiada e tratada a noticia - assumir outra conotação que não seja a própria. Simplificando ainda mais esse ponto de vista: geralmente, ocorre uma distorção factual e com uma finalidade de atingir determinado objetivo; essa tática, na verdade, celebra uma tendência maquiavélica de colocar sob suspeição a moral, a idoneidade, o caráter e a serenidade de uma determinada pessoa; racionalmente, isso implica na possibilidade de desqualificar e desmontar a imagem de tal pessoa, contudo, é fundamental que haja provas cabais e incontestes. O fato somente de alardear um furo não necessariamente exprime a verdade do fato, mas, somente uma especulação, por isso, é imprescindível que o responsável pela noticia tenha as provas e não meramente a verbalização vazia atacando o objeto em evidencia como se isso fosse uma imensa descoberta e que o coloca como um extraordinário apresentador. Quanta falta de maturidade intelectual!  
O desejo incontrolável de querer ser um grande foca, às vezes não ocorre de forma sensata e tolerável e é aí, que o principiante resvala no equivoco e torna-se vulgar, medíocre e terrivelmente mentiroso e, com outro adendo: há profissionais experientes que são experts nessa situação do coadjuvante. O papel do responsável pela informação deve ser antes de tudo, um sujeito ético e que não tenha mácula ou, na melhor das hipóteses tenha tido um comportamento coerente e exemplar enquanto apresentador, sem, contudo, ter como discurso a ‘venda de seu produto’ ou seja, sua voz a serviço de quem oferece mais e não importa de que forma atuará, o que importa mesmo é promover um festival de desgraça para fragilizar a imagem de quem quer que seja sob o olhar atento e o interesse do proprietário da mídia. Isso não é, verdadeiramente, um jornalismo com ética e profissionalismo, mas, apenas um modo insensato de bajular e mentir. Para mim esse tipo de jornalismo impõe a sua verdadeira intenção: o vulgarismo doentio.
A tão propalada liberdade de imprensa - que é, na verdade, a tese dos que fazem jornalismo - às vezes não se coaduna com o sentido original da própria liberdade, pois, ela está sendo trabalhada de modo inverso e maliciosamente. A construção da ideologia midiática segundo os interesses do programa traça os elementos intrínsecos para consolidar um projeto político, uma ideia fajuta ou, então, simplesmente, uma orientação de caráter bestial. Não podemos deixar de avaliar com acuidade nas entrelinhas de cada fala, de cada discurso proferido, verificando aí, o seu verdadeiro sentido e objetivo; a mídia é um instrumento poderoso para criar mentiras e verdades num espaço de tempo extremamente curto; por isso, é fundamental que tenhamos o cuidado de analisar criteriosamente cada um dos discursos e das falas dirigidas para que não caiamos em armadilhas e truques idiotas que só os idiotas midiáticos e conservadores pensam que a sociedade é constituída somente de idiotas e marionetes. Enganam-se, a sociedade é capaz de identificar os elementos maquiavélicos disseminados por idiotas que nem sabem que somos críticos severos de suas idiotices.
A principal característica de um jornalismo que beira à verdade dos fatos, manifesta-se pelo direito amplo do contraditório, quando não ocorre esse processo, inevitavelmente, está consolidada a ditadura midiática e unilateralista. O que, em síntese, simboliza a força opressora da mídia sobre a sociedade e tudo que está sendo ventilada como noticia e/ou informação é a pura expressão da verdade absoluta. Mas, convenhamos, nem sempre tudo que é expresso como verdade absoluta o é.
   O papel da imprensa com o “I” maiúsculo é o de fornecer informações de modo imparcial, sem nenhum interesse próprio, contudo, a nossa municipalidade está tomada pela imprensa “marrom”, “sensacionalista”, “oportunista”, extremamente perseguidora, fantasiosa e tendenciosa. Neste sentido, é natural que o elemento atacado necessite se defender sistematicamente.
 É sintomático o seu intimo corporativismo e afinidade entrelaçada com o firme propósito de atacar impiedosa e inescrupulosamente o governo local. Façamos então uma breve avaliação sobre o papel elementar da imprensa, objetivando desmistificar suas informações e seus interesses individuais, pois, cada seguimento político local é detentor de um meio de comunicação de massas.
A ESTRANHA DEMOCRACIA DA IMPRENSA LOCAL
Após uma pequena abordagem sobre o papel da imprensa e sua função social, agora, quero adentrar no âmago do espírito daqueles que fazem a mídia e a forma como atuam segundo seus interesses e de seus patrões desalmados e cegos pelo poder.
É muito estranho quando ouço algum aprendiz de jornalista afirmar, em pleno ar, que a cidade de Codó precisa ter uma imprensa livre. Mas, de que principio ele (a)/eles (as) estão se referindo? Que tipo de liberdade eles/elas desejam? Ora, ora, ora... o ouvinte e o telespectador já estão cansados de ouvir e ver tanta barbaridade e bobagem nas rádios e Tv’s local. E, ainda mais, somos obrigados a ouvir de um aprendiz de jornalista exigir liberdade de imprensa! E o mais engraçado é quando o aprendiz de jornalista intenta contra o direito de recusa em conceder uma entrevista de um determinado sujeito. Será que esse aprendiz de jornalista não conhece o pressuposto Magno que garante o direito do silencio de todo e qualquer homem que assim o desejar? Será que, verdadeiramente, o conceito de liberdade possui somente uma mão? Ou, será que ele não entende que a verdadeira democracia é aquele que esbarra no principio da garantia do direito de não falar quando não quer?
Ao que parece, a miopia do aprendiz de jornalista chega ao extremo da ridícula farsa no que tange sua responsabilidade como “caçador de informação” e é tão ridículo ao afirmar que é um profissional que procura realizar seu trabalho e tem autonomia para dizer o que quiser, mesmo que isso não agrade seu patrão e se o seu patrão não gostar que ele o demita, coisa do gênero. Mas, vamos avaliar o conteúdo desse discurso tão afrontoso para o seu patrão. Note nas entrelinhas dessa fala a tentativa esdrúxula e tacanha do aprendiz de jornalista tentado justificar seu ataque aos sujeitos que lhe negaram uma entrevista. Na verdade, o verdadeiro espírito desse discurso é meramente atingir os sujeitos que não desejaram falar-lhe, afinal, entre o desejo e a concretização da entrevista existe uma distancia exponencial: a Carta Magna e nela, o direito ao silencio. Se o aprendiz de jornalista não conhece a sua própria função e, também, desconhece os direitos sociais é bom retornar à Universidade e rever todo seu curso.
Refletindo o sentido da relação democrática entre o entrevistado e o entrevistador, partindo do conceito de democracia e liberdade: a democracia só tem validade e sentido na medida em que serve ao ser que deseja incansavelmente obter uma informação, mesmo que para isso, tenha que sacrificar seu próprio emprego enfrentado seu poderoso chefe? Quanta ingenuidade transparece nessa fala desditosa e macabra. Somente um indivíduo insensível e completamente desqualificado e atônito imagina que o sentido da democracia e o direito ao silencio deve aponta para si, o direito inescusável de ter acesso a qualquer pessoa, assim que desejar? Devo alertá-lo e aconselhá-lo de que o mundo não roda em volta de vossa pessoa pequeno aprendiz de jornalista.
A democracia brasileira foi conquistada com muito esforço e sacrifício por dezenas e centenas de homens e mulheres que tiveram a ousadia e a coragem de enfrentar o entulho autoritário; e, por isso mesmo, hoje podemos desfrutar desse maravilhoso instrumento que já está consolidado em nosso país. Agora, querer forçar a barra de obrigar o sujeito a conceder-lhe uma entrevista é outra história que é extemporânea ao sentido de democracia e liberdade exposta por vós. Se não houvesse tanta maldade e uma pitada de oportunismo na edição da entrevista, talvez assim, os sujeitos concedessem de forma bondosa tal entrevista. Porém, os mecanismos antidemocráticos e profundamente irresponsáveis provocam a rejeição dos sujeitos em conceder entrevistas.
Essa mídia, da qual vós fazeis parte, é tremendamente sorrateira na medida em que tenta desqualificar e dizer que tudo, absolutamente, tudo que ocorre no território codoense é culpa do atual gestor. Isso é profundamente triste e irresponsável. Um exemplo dessa maldade midiática: semana passada aconteceu um acidente envolvendo uma moto e um automóvel e o apresentador do Programa disse: acabamos de receber uma notícia de que aconteceu um acidente na Avenida Santos Dumont, e já destacamos um repórter para saber mais informações e, a partir daí, tentou culpar o gestor desse acidente. Convenhamos, qual é a culpa do gestor pelo acidente? Façamos aqui uma reflexão a respeito disso: de um lado, o condutor deve saber as normas de transito e, portanto, respeitar os espaços dos outros, ou seja, se vai realizar uma manobra tanto para a esquerda como para a direita, deve sinalizar para qual sentido seguir, isto para alertar o condutor quem vem atrás de si, e, assim, proceder em todos os outros obstáculos que a pista pode apresentar. Precisamos, na verdade, deixar a hipocrisia de lado e sermos práticos, obedecendo às leis. Quando faço essa referencia, é criticando a mídia quando o poder executivo inicia um processo de fiscalização através de blitz, e aí, nesse processo são detectadas algumas infrações que precisam ser corrigidas e nesse ínterim, os cidadãos que foram notificados pelas infrações dirigem-se imediatamente para a mídia que, por sua vez, inicia um processo de critica contra a gestão afirmando que o governante está se tornando um tirano, ou algo do gênero, pois, as pessoas são trabalhadoras e sua sobrevivência depende da moto. Ora, esse discurso é um meio demagógico da oposição de forma irresponsável e oportunista de querer ganhar simpatia popular intensificando o discurso da condenação do gestor por estar agindo conforme determina a legislação do transito. Esse é apenas um exemplo vivo e irretocável que coloco para reafirmar que a demagogia e a indisfarçável cultura da tragédia dos politiqueiros é que tem contribuído para oportunizar os acidentes no município.
Para além desse oportuno comentário, quero colocar em xeque outro ponto nodal que ocorre de forma sistemática em nossa municipalidade: a intimidação.      
A nossa cultura não apenas a nacional, mas, especialmente, a local, sofre profundamente com a ausência do livre arbítrio. Todo e qualquer cidadão que tenta opinar sobre determinada temática, ou pior ainda, se criticar algum “peixe grande” da cidade que, direta ou indiretamente, estão ligados politicamente a um grupo não aceita e não permite que seja criticado e, se o for, processa o sujeito numa clara tentativa de intimidar os demais cidadãos que assim agirem; porém, ao inverso, o “peixe grande” quando quer obter algum dividendo político incentiva determinado sujeito a acusar outrem de esbulho e promete todo aparato que necessitar para garantir a acusação.
A pergunta principal: a imprensa codoense é ética? Ela só é ética quando atende aos seus próprios interesses. Tal realidade é incontestável. A liberdade só é valida quando atende um determinado grupo político, assim, ela é considerada livre e ética.
Finalizo, portanto, dizendo que a democracia é uma conquista de todos e para todos, e de igual modo, o direito ao silencio pertence a todos nós. Não podemos sob nenhuma condição exigir que os outros façam aquilo que queremos sem que não queiramos fazer. O direito à liberdade e ao silencio nos garante a cidadania e o livre arbítrio.            

quinta-feira, 17 de maio de 2012

MINHAS CONFISSÕES

Desde quando era criança, ouvia meus pais afirmarem que a mais importante riqueza que o homem deveria lutar para obtê-la e garantir sua sobrevivência na sociedade era ser um dedicado estudioso, pois, a educação – em sua concepção de vida, ambos entendiam a formação intelectual como elemento indispensável para o individuo alcançar o sucesso - se constituía num caminho cheio de expectativa e esperança.
De fato, agarrei esse conselho e carrego como uma espécie de trilha inarredável de minha vida, aliás, tal conselho, serve como bússola e orientação em minha conduta social e pessoal. Nunca - desde sempre -, deixei que as velhas e equivocadas fórmulas morais e convenções sociais desenhadas pela sociedade hipócrita e maliciosa suplantasse os meus desejos e sonhos de vencer os obstáculos com resignação e altivez, sem, contudo, utilizar-me de expedientes reprováveis. Quando despertei para o verdadeiro sentido do conselho (dedicação ao estudo) constatei a necessidade de intensificar tal prática, entendi que, somente com a apropriação do conhecimento cientifico e a capacidade de estar refletindo constantemente sobre a nossa realidade cotidiana é possível superar as barreiras e, ao mesmo tempo, imprimir um estilo marcadamente forte com objetividade. A apropriação do conhecimento nos diversos campos da ciência nos possibilita conquistar sonhos, no entanto, para atingi-los é fundamental estabelecer alguns métodos que, a priori, determinará o nível de  desenvolvimento, p. e.:
ü  Leitura diária de livros construtivos (de cunho filosófico, político, econômico, sociológico, literatura clássica, sem, contudo, perder de vista os nossos escritores);
ü  Refletir sobre a conjuntura local avaliando as implicações das ações articuladas pelo poder público, sobre a sociedade/comunidade;
Tal postura, certamente, confere-nos a condição de saber avaliar com muita propriedade os diversos procedimentos tanto de ordem social e/ou pedagógica como é o meu caso, enquanto produtor educacional.  A leitura é o elemento essencial para construir as pontes intelectuais e, principalmente, para alargar os horizontes. Nunca desprezo a leitura como ponte para alcançar os propósitos pensados e imaginados, aliás, a leitura nos torna diferente pelo caráter firme da compreensão de determinado problema surgido na modernidade.