quinta-feira, 24 de novembro de 2011

O ASSOMBROSO SILÊNCIO DO TIRANO: UMA RÉPLICA AO PÔSTER DE ACÉLIO TRINDADE


     
Li, com vivo interesse, a observação feita por Acélio Trindade (em seu blog) sobre a figura emblemática do ex-prefeito Biné Figueiredo e o seu intangível silêncio ensurdecedor. O seu silêncio é a explicita manifestação contraditória do espírito que agoniza diante de tantas mazelas por ele geradas. O nosso município é a típica idealização de uma mente monstruosa e pervertida para servir de trampolim aos seus interesses individuais. O ex-prefeito Biné Figueiredo é a clássica definição de um projeto engendrado nos porões da opulenta ganância e da opressão contra os menos favorecidos social, cultural e economicamente: os filhos da pobreza. O resultado dessa postura é o empobrecimento e a marginalização da comunidade codoense em todos os aspectos.
Na verdade, a luta depreendida pelo ex-prefeito Biné Figueiredo para angariar a simpatia do povo e criar uma legião de seguidores teve como pano de fundo a sua miserável cultura do assistencialismo, método repugnante e nojento; tal qual a tentativa de edificar uma imagem de um homem bom e sensível, cai no ridículo no momento mesmo em que silencia ante todo o barulho político na esperança de o povo não se lembrar de suas estripulias e malvadezas enquanto exercia o mandato de Prefeito no período de 2005-2008. As principais características desse bonachão são o:
1.      Egocentrismo e personalismo;
2.      Populismo e demogogismo;
3.      Concentracionismo e autoritarismo.
Ardil e extremamente dissimulado é capaz de enganar o mais sábio e expert cidadão de boa índole. Mas ainda bem que existem sujeitos críticos com capacidade intelectual de avaliar dialeticamente suas estratégias e articulações e apontar suas intenções nada boas e nem progressistas para proteger o município de sua insaciável sede pelo poder.
DO SILÊNCIO PARA A FALA E DA FALA PARA O SILÊNCIO: A TENTATIVA DE SE ISENTAR DE ERROS E SE MANTER COMO ICONE POLÍTICO
A virulenta odisséia política sempre trás à tona a possibilidade de se resgatar o vulgar e o insólito: é o caso em tela.
A tragédia política chamada Biné Figueiredo não escapará ao jugo popular. Nele, encontra-se toda representatividade da violência simbólica inimaginável que retrata o espírito de pobreza intelectual que permeia o imaginário popular por conta de sua irresponsabilidade como homem público em que promoveu o desmonte do aparelho de estado local em favor de si para si. Não é tolerável a reprodução de um retorno tão ingrato de um homem que tenta a todo custo se tornar em um ícone na política. A violência simbólica se traduz na sua metódica e indisfarçável demagogia apelativa; no seu discurso programado; na sua mão ferina batendo nas costas de cidadãos simples carregada de más intenções; no modo asqueroso de conquistar adeptos; usando para isso, mecanismos indecentes e condenáveis. Ah! O silêncio como pórtico da lucidez de quem pressupõe está agindo com muita habilidade ante as críticas entre os vários agrupamentos políticos – agredindo-se mutuamente, tentando justificar o injustificável; mas, no caso de Biné não há justificativa plausível pelo ato doloso da coisa pública -; porém, é necessário fazer uma pequena observação mediante tal comportamento do silenciado: a sua conduta em não aparecer para não ser lembrado como o apropriador de bens públicos – como no caso dos remédios e das carteiras escolares que estavam sendo transportado para a circunvizinha cidade de Peritoró -, seu silêncio não o isentará de ser punido pela prática de tal crime.
Nem mesmo o silêncio o salvará de sua pena perante a Justiça e nem mesmo perante apreciação popular. Pois, entendo que o povo é, de fato, sábio e ponderado, não aceitará o atraso, a perseguição, a opressão, a humilhação e o autoritarismo como acontecera recentemente; não acredito que o povo tenha “memória curta”, para esquecer tão rapidamente a escandalosa e escabrosa administração do ex-prefeito Biné Figueiredo. 
O povo é soberano. É capaz de enxergar sob a óptica da decência, do respeito e da liberdade, a verdadeira essência de um gestor comprometido com o desenvolvimento da cidade e não um promotor de miséria e de pobreza. E, apesar disso, ainda ousa afirmar que é homem bom e sensível, que ama Codó e os seus filhos; isto é pura balela! Não há amor no coração de quem humilha, persegue e maltrata. Codó vive hoje, um extraordinário período de liberdade plena, respeito e valorização da pessoa humana. Não cabem mais na atual pós-modernidade gestores com a mente ultrapassada e medíocre para governar uma cidade sem imaginar colocá-la sob o trilho do progresso; precisamos sim, nos empenharmos no sentido de recriar o conceito de progresso e desenvolvimento sob os auspícios de um futuro melhor e mais humano. A luta de um povo deve ser sempre nesta perspectiva, jamais retroceder no caminho que se apresenta vertiginoso e amplamente democrático. Acredito que o povo não efetuará o corte transversal da liberdade, da melhoria e do respeito, para apostar no retrocesso e no atraso.    
A questão central para o povo não é aferir uma lógica irreal somente pelo fato de Biné Figueiredo se articular politicamente e promover um verdadeiro festival assistencialista que, aparente e, momentaneamente, resolve os centenários problemas desse mesmo povo desassistido pelo poder público. A questão é muito mais profunda, ela gira em torno de um projeto político mais denso e radical que reduza, minimamente, as condições socioeconômicas (aqui, se traduz num projeto macro, para atingir as estruturas intocáveis do setor público) para beneficiar diretamente as massas populares oprimida e excluída de seus mais elementares direitos sociais expressos na Carta Magna, como p. e., a dignidade da pessoa humana.
A discussão em torno de um nome que já foi governante e que demonstrou toda sua incontida e voraz sede pelo poder não tem mais sentido, ela perde sua essência quando o nome em pauta já não consiste em nenhuma novidade como alternativa política, pois, suas ações já são por demais conhecidas e o pior de tudo, foi lesivas, lesa-humanidade.
Acélio permita-me fazer uma pequena discordância em seu comentário, quanto ao título do texto: “Binê se cala e coloca todos os grupos para trabalharem a seu favor”. Nesta observação tenho duas coisas para ampliar o horizonte reflexivo do atento leitor. Primeiro, é um equivoco afirmar que todos os grupos estão trabalhando para um único político que se mantêm distante dos holofotes e da imprensa; segundo, o silêncio retumbante expressa apenas a necessidade dele se manter fora das discussões para não ser alvo certeiro de suas cretinices praticadas durante seu mandato, governo esse marcado pela empáfia e o odor da corrupção desenfreada. Não faz falta a cultura da corrupção, queremos, sim, debelá-la.   
  Não podemos voltar ao passado! Nunca mais a política hitlerista! Adeus ditador!            

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